Esta videoaula abordou a concepção dialógica da língua
e não mais a concepção monológica, na qual a língua é vista como um pacote
estático que não sofre mais alterações.
Na concepção dialógica a língua vive e se transforma
no decorrer do tempo, gera o processo de consciência durante as comunicações
entre os homens. Surgiu com o linguista russo Bakhtin, o qual definiu a
linguagem como um produto vivo da interação social , das condições materiais e
históricas de cada tempo, tendo como principal característica ser dialógica.
A ideia de Bakhtin é de que cada pessoa ao se
manifestar, seja através da escrita ou da fala, leva em conta tudo aquilo que
ela já viveu, os textos que já leu, os discursos ouvidos, de modo a produzir
sua própria opinião.
Diante da ideia de Bakhtin temos, então, que a
produção textual leva em conta o conhecimento do indivíduo, mais o conhecimento
dos outros juntamente com aquilo que é conhecimento de todos, e que há uma
relação muito importante entre a escrita/fala e a leitura/escuta. Na escrita (fala)
precisamos saber o que dizer, porque dizer, para quem dizer e como dizer, enquanto
que a leitura (escuta) gera perguntas, gera respostas, amplia o que dizer e
como dizer gerando um ciclo no processo de comunicação.
Além disso, a produção textual está situada entre dois
extremos, o sistema fechado que consiste nas regras e normas da língua e o
sistema aberto que permite várias formas de produção.
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